O faturamento de empresas distribuidoras de equipamentos e serviços de tecnologia e telecomunicações deve somar R$ 31 bilhões este ano, um avanço de 10% em relação ao resultado do ano passado.
Os dados divulgados hoje fazem parte de um levantamento da consultoria IT Data em parceria com a Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação (Abradisti) feito com 70 distribuidores, que representam 90% do mercado.
Em 2021, o faturamento dos canais de distribuição foi de R$ 28,1 bilhões, um avanço de 14% frente a 2020. Este ano, o avanço de 10% é visto como positivo diante do cenário econômico de alta de juros e inflação e da queda nas demanda do consumidor.
“No geral, a área de tecnologia está bem”, observa Ivair Rodrigues, fundador e diretor de estudos de mercado da IT Data. “Mas, hoje, está claro para distribuidores e revendas que o foco de vendas está em empresas e não no consumidor residencial por conta do cenário econômico”.
Entre as 21 mil revendas de produtos e serviços de tecnologia no mercado brasileiro, em 2021, as revendas de valor agregado (VAR, na sigla em inglês), que oferecem serviços de instalação e manutenção, além de equipamentos, terão o maior avanço em faturamento (19%) este ano, em relação a 2021. Em segundo lugar estão as lojas virtuais, com projeção de alta de 17% de faturamento este ano.
A pesquisa também analisou os planos de investimentos de 1.000 micro e pequenas empresas em tecnologia, com até 21 funcionários ou entre 22 e 100 funcionários, este ano. Na sondagem realizada no fim do ano passado, 37% mencionaram que tiveram que investir de alguma forma em informática em 2021, sendo que mais da metade (54%) dedicaram investimentos a aumentar vendas e melhorar o atendimento ao cliente.
“Micro e pequenas empresas que não possuem um canal digital de atendimento ao cliente estão fora do mercado”, disse Rodrigues. na sondagem, ele notou que somente 3% destas empresas possuem orçamentos definidos para tecnologia.
Projetos de comércio eletrônico foram citados como a prioridade de investimento dos micro e pequenos empresários este ano. Na sequência estão investimentos em computação em nuvem, atualização de infraestrutura, cibersegurança e conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor em setembro de 2020.
Já entre as 1.500 médias e grandes empresas pesquisadas, com mais de 100 funcionários, a conformidade com a LGPD estava no topo da lista de projetos de tecnologia, para 62% das entrevistadas, este ano. “As organizações retomaram os investimentos na adequação à LGPD com o fim do auge da pandemia quando tiveram de priorizar a sobrevivência dos negócios”, disse o fundador da IT Data.
Fonte: Valor Econômico
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